A promessa de ambas as classes é manter a greve e lotar a galeria da Câmara
até que seja feita uma nova proposta por parte do Executivo
Desde a última segunda (15),
servidores das áreas da saúde e da educação do município de Imperatriz estão em
estado de greve por falta de diálogo entre as classes e o Executivo. Os
sindicatos das categorias reivindicam reajuste salarial compatível com o aumento
dos repasses federais à prefeitura, que por sua vez, sem dialogar, enviou uma
proposta à Câmara Municipal em caráter de urgência considerada pelos
sindicalistas “irrisória e inconstitucional”.
Reivindicações
Além de
reajuste salarial, as categorias reivindicam aumento no vale alimentação e
gratificações atrasadas. No caso dos servidores da educação, há ainda o
agravante de a prefeitura não cumprir obrigações impostas pela Lei Federal
11.738/08, conhecida como Lei do Piso.
Educação – com base no aumento de
repasses da lei do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e
de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), pede 18% de reajuste
salarial, vale alimentação de R$ 250 para professores e de R$ 150 para os
demais trabalhadores da área e também o cumprimento de 1/3 da carga horária em
atividades extraclasse.
Saúde – reajuste salarial base de 2013 obrigatório, que até o momento não foi
repassado aos servidores, vale alimentação de R$ 150, além de melhoria nas
condições de trabalho.
Vereador Aurélio considera proposta da prefeitura "imoral" |
Propostas
Diante
de reivindicações das duas classes, a Prefeitura Municipal enviou na
quinta-feira (11), em um único projeto de lei, proposta de reajuste salarial de
6% tanto para servidores de educação quanto para a saúde, o que segundo a
presidente do Sindicato da Saúde, Margarida Nunes, é irrisório e
inconstitucional. “Queremos um ganho real! Temos família para sustentar. O
reajuste proposto não contempla sequer as necessidades básicas dos
trabalhadores”.
Os
servidores se mantém firmes para impedir a aprovação do projeto de lei em apreciação
na casa, que propõe 6% de reajuste salarial. A promessa de ambas as classes é
lotar a galeria da Câmara Municipal até que seja feita uma nova proposta por
parte do Executivo.
Até
o momento, apenas os vereadores Aurélio (PT), Carlos Hermes (PCdoB), Rildo
Amaral (PDT) e Marco Aurélio (PCdoB) manifestaram votação contrária ao projeto
enviado pela prefeitura.
“A proposta
enviada é imoral, inconstitucional e vergonhosa. Os sindicatos demonstram a
todo o tempo que querem dialogar. É lei! Eles merecem melhores salários e
condições de trabalho. Vamos continuar cobrando que esse projeto seja rejeitado”,
denunciou Aurélio.
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