Fase inicial de sistema de monitoramento custa R$ 190 milhões |
Durante o uso
da tribuna na sessão ordinária da Câmara Municipal de Imperatriz, realizada na
última terça-feira, 12, o vereador Aurélio (PT) alertou para os altos preços
adotados no sistema de vídeomonitoramento que vem sendo instalado no Maranhão.
O mesmo sistema,
já em funcionamento em São Luís, foi reivindicado pelo vereador Fidélis Uchôa (PRB)
para que seja instalado urgentemente em Imperatriz, apesar de já ter sido
anunciado há oito meses pela Secretaria de Segurança Pública do Estado. “A SSP informou que vai
implementar uma central de vídeomonitoramento na cidade de Imperatriz, a 617 quilômetros de São Luís, com 50 câmeras,
inicialmente”, informa matéria publicada no G1, com data de 11 de agosto de
2012.
O sistema de
monitoramento já está em funcionamento na capital, São Luís, desde agosto de
2012. No entanto, o preço elevado do investimento chama a atenção desde antes
da aplicação do recurso.
Em São Luís,
para a instalação de 100 câmeras, foram investidos R$ 19 milhões, considerando
assim o valor de R$ 19 mil para cada câmera. Em outras cidades, como em
Fortaleza, o investimento para a instalação de 86 câmeras, equipamentos móveis
de apoio e sala de monitoramento não ultrapassou os R$ 6,5 milhões.
Outras
localidades também ilustram a discrepância nos preços praticados no Maranhão.
Vejamos abaixo.
No
Paraná:
Um
projeto de vídeomonitoramento prevê a instalação de 1.000 câmeras em todo o estado. A previsão é de que o Governo do
Estado invista R$ 22 milhões no
projeto, de forma que cada câmara custou cerca de R$ 22 mil. Pelos preços
adotados em São Luís, esse valor subiria para 190 milhões.
No
Distrito Federal:
A
primeira etapa do projeto de vídeomonitoramento, que contará com 835 câmeras,
terá investimento de R$ 30 milhões. Pelos preços adotados em São Luís, esse
valor subiria para mais de 152 milhões.
No
Recife:
O Complexo de Vídeomonitoramento do Estado será
composto por 235 equipamentos, com um investimento de cerca de R$ 27 milhões.
Pelos preços adotados em São Luís, esse valor subiria para cerca de R$ 45
milhões.
Também é de se questionar a rapidez da aprovação e
implantação do projeto, que em outras cidades, como em Fortaleza, foi feito um
estudo de dez meses. Em São Luís, todo o procedimento, até a fase de
instalação, foi feito em menos de 60 dias.
Ressaltamos ainda que,
caso Imperatriz possuísse guarda municipal, Conselho Comunitário de Segurança e preenchesse outros requisitos,
poderia contar com o apoio do governo federal, que dispõe de R$ 10 milhões em
recursos para investimentos em vídeomonitoramento de cidades com mais de 30 mil
habitantes. Ver mais informações aqui.
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